sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Bombeiros torrienses solidários com as restantes corporações

A direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras (AHBVTV) diz-se em “total consonância e solidária” com as reivindicações das outras associações de bombeiros “que connosco partilham as mesmas dúvidas e incertezas” no que se refere à resolução da questão do transporte em ambulâncias de doentes não urgentes. Serviço que representa 20 por cento do orçamento da corporação torriense, que ronda os cerca de 1,3 milhões de euros, e com investimentos realizados.

“Temos por lema «ajudar os bombeiros é ajudar-se a si próprio». A população torriense sabe que quando precisa dos bombeiros eles estão lá e os bombeiros torrienses também sabem que quando precisam a população também ajuda. Por isso, sejam quais forem as dificuldades, do ponto de vista das regras de transporte de doentes ou de outros serviços, que possam existir e que sejam solicitados à associação, nomeadamente pelos seus sócios, os bombeiros não falham nem nunca falharão”, vinca José Correia, presidente da AHBVTV, prontamente corroborado por Gonçalo Patrocínio, vice-presidente da instituição, que salientou que a corporação de bombeiros não toma o transporte de doentes não urgentes “como um negócio, mas sim como um serviço que é prestado à população”. 

As várias questões em volta do assunto afetam a associação torriense mas, para a direção da AHBVTV, a “missão fundamental” dos bombeiros prende-se com o apoio a emergências e socorro imediato à população e combate a incêndios, pelo que o transporte de doentes não urgentes representa uma aposta “quase que residual”. 

O que não se passa em muitas corporações do país que investiram fortemente nessa valência. Os bombeiros gostariam de ver resolvidas três questões que estão na base das reivindicações: taxas de saída, taxas de retorno e uniformização dos processos técnicos entre as várias entidades envolvidas. No que concerne às duas taxas, as reclamações prendem-se com os valores associados à realização dos serviços e que os bombeiros consideram que devem ser compensadores pela prontidão e os consumíveis inerentes à realização do trabalho. 

O último ponto prende-se com a “clarificação, transparência e normalização nos processos técnicos entre entidades”, nomeadamente no que diz respeito à melhor aplicabilidade das regras que estão definidas em portarias. “Pelos processos terem sido mal negociados e organizados entre as partes [Governo e Liga dos Bombeiros Portugueses] é que existe a confusão de hoje”, refere José Correia. A corporação de bombeiros torriense tem seis veículos afetos ao transporte de doentes não urgentes, dois estão no quartel os restantes estão divididos pelas secções do Maxial e da Silveira.

É nessas duas localidades que a maioria dos serviços são realizados “pelo local onde estão inseridas e essa sim é uma parte importante da atividade daquelas secções e estamos empenhados em ajudá-los a continuar esse trabalho”, informa José Correia, que concluiu salientando que “o nosso corpo ativo, apesar de todas as confusões existentes ao nível nacional, nunca colocou em causa a sua missão e empenho, o que só demonstra que estamos aqui de corpo e alma”. 

Fonte: Badaladas

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