sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Bombeiros de Torres Vedras alertam para a proibição de queimadas

Ainda que as primeiras chuvas tenham caído na passada semana, o comando dos bombeiros torrienses alertam a população de que a proibição à realização de queimadas permanece até ao final do mês, estando previsto o prolongamento da interdição.

“Há que ter o máximo cuidado porque a chuva que caiu não é suficiente para que os solos criem condições combustíveis para fazer queimadas. Os terrenos continuam muito secos e rapidamente se propagam os fogos. No ano passado em 23 dias de outubro tivemos cerca de 200 incêndios, este ano os solos estão mais secos o que quer dizer que pode ser mais complicado”, diz Fernando Barão.

Ainda que tenha começado a época de chuva os bombeiros torrienses não têm tido mãos a medir com incêndios e só no passado fim-de-semana contabilizaram-se 11 fogos. “Muitas vezes as pessoas acham que por chover um pouco já se pode fazer queimadas, mas é um engano. Só pedimos para que a população espere mais uns tempos até poder fazer queimadas para limpar os terrenos, mas agora é perigoso para todos”, pede o comandante Fernando Barão.

Fonte: Badaladas

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Um fim-de-semana: 17 incêndios

Até ao passado dia 18 os bombeiros voluntários de Torres Vedras já contabilizavam durante o mês corrente 80 ocorrências relacionadas com incêndios.


Só no passado fim-de-semana tiveram de apagar 17 fogos e ajudar os colegas de Alenquer.

A atividade dos “soldados da paz” torrienses este verão não tem tido mãos a medir, principalmente para quem está de serviço durante a noite. O comandante dos voluntários, Fernando Barão, não esconde as desconfianças e diz “que esse facto levanta muitas suspeitas, mas até ao momento é difícil de provar. Mas é muito estranho termos tantas chamadas para apagar incêndios a partir da uma da manhã”.

Apesar de todo o trabalho que tiveram no passado fim-de-semana “ainda fomos dar uma ajuda a Alenquer cinco vezes”, afirmou Fernando Barão. O auxílio traduziu-se no envio de três veículos e 13 bombeiros, que estiveram presentes na zona de Olhalvo e Santana da Carnota.

O comandante recorda que até 30 deste mês é “expressamente proibido fazer qualquer tipo de queimadas”. Essa obrigatoriedade está escrita em portaria, pelo que é punível com coimas avultadas. “Se as condições atmosféricas permanecerem conforme estão, esta lei deve prolongar-se após a data. Mas tendo em conta a seca em que estamos, e mesmo que a lei seja aplicada só até final do mês, é preciso lembrar que os terrenos estão muito enxutos e por isso o outubro pode ser mais grave em termos de fogos. Esperemos que a população compreenda, não se ponha em risco e não faça queimadas”, conclui Fernando Barão.

Fonte: Badaladas

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Um dos maiores incêndios florestais de sempre no concelho de Torres Vedras

Torres Vedras assistiu no passado dia 3 a um dos maiores incêndios de sempre em povoamento florestal no concelho, com mais de 200 hectares ardidos num combate às chamas que envolveu um total de 170 bombeiros e 38 veículos, apoiados por um helicóptero.


O fogo deflagrou na localidade da Abrunheira, freguesia do Ramalhal, e rapidamente se propagou até à freguesia de Monte Redondo, atravessando a estrada nacional 115-2, que chegou a estar cortada ao trânsito por questões de segurança.

O incêndio teve três frentes ativas, Ermegeira-Abrunheira, Ramalhal e Monte Redondo, e chegou a avançar em direção à entrada desta última aldeia, onde consumiu a maior extensão de floresta.

Com o apoio de dois grupos de combate do distrito de Lisboa, os bombeiros torrienses acabaram por dominar as chamas ao fim de seis horas, permanecendo no local durante toda a noite e no dia seguinte, já em fase de rescaldo.

Segundo os “soldados da paz”, o incêndio começou na freguesia do Ramalhal às 14h59. “Demorámos 10 minutos a chegar e já o fogo tinha mais 500 metros de frente e muitas projeções. Vimos logo que era um incêndio fora do vulgar”, explica o comandante Fernando Barão.

As projeções foram uma das principais dificuldades dos bombeiros ao longo de todo o dia, assim como as temperatudas elevadas, numa área com cerca de três mil hectares de floresta, muito mato e eucaliptos com grandes copas.

Em pouco tempo o fogo atravessou a estrada nacional 115-2 em direção à freguesia de Monte Redondo. “Foi complicado, mas já tinhamos direcionado os meios para junto das casas”, recorda o comandante.

As chamas chegaram a estar a 20 metros de uma casa pertencente a uma quinta agrícola, numa exploração de pêra Rocha e eucaliptal. Telma Cunha era o rosto da aflição naquelas horas difíceis, em que viu o fogo chegar demasiado perto da casa onde reside e trabalha há cerca de oito anos com o marido e os dois filhos. O seu grande receio eram os animais e sobretudo o depósito de gasóleo. “É a primeira vez que vivemos uma situação destas”, confidenciava a senhora, cada vez mais assustada à medida que as chamas assumiam maior dimensão nas copas das árvores.


Valeu-lhe a prontidão dos bombeiros e o facto do terreno em volta da casa estar limpo, como confirmaram ao Badaladas os elementos do SEPNA da GNR. “O meu patrão todos os anos manda limpar o eucaliptal e ainda há pouco tempo houve um corte, já tinhamos tirado muita lenha“, de uma área de mais duma centena de hectares que pertencem à exploração, disse a moradora.

O proprietário esteve no local, visivelmente transtornado, e não quis falar à nossa reportagem. Só referiu que “já esperava por isto há três anos e foi agora”. Segundo apurámos, providenciou leite para os bombeiros e passou várias horas a percorrer o terreno de jipe, acompanhando de perto o desenrolar do incêndio e observando o avançar das chamas, já que pouco mais poderia fazer.

A coluna de fumo foi sempre muito intensa, o que dificultava o trabalho dos homens e sobretudo do helicóptero. “Foi muito difícil porque o helicóptero nem sequer conseguia ver o fogo”, explica Fernando Barão.

Entretanto, os bombeiros conseguiram dominar o incêndio às 22 horas, junto ao Casal das Figueiras, impedindo que se aproximasse da localidade do Sarge.

“Trabalhámos bem, muito bem mesmo”, salienta o comandante, que realça ainda o importante contributo da GNR e do seu destacamento de Trânsito, que montaram um dispositivo de segurança até às cinco horas da manhã, controlando os acessos ao trânsito e assegurando que os veículos de combate pudessem circular nas vias sem perigo de acidentes rodoviários.

Cerca de 40 bombeiros torrienses com seis viaturas permaneceram no local durante o resto da noite e no dia seguinte, em fase de rescaldo, contando com o apoio de máquinas da Câmara Municipal na consolidação do terreno.

Suspeitas de fogo posto sem detenções

Segundo os bombeiros, o incêndio que deflagrou na freguesia do Ramalhal às 14h59 no passado dia 3 teve início precisamente num local que já tinha ardido no dia anterior, o que fez aumentar as suspeitas das autoridades de eventual mão criminosa.

Durante a noite corria entre a população o rumor de que as autoridades já tinham detido dois suspeitos. No entanto, segundo apurámos junto das autoridades ocorreu uma detenção sim em Monte Redondo, mas de um automobilista que já estava referenciado por condução sem carta e que foi apanhado no local a conduzir.

Fonte: Badaladas

Incêndios não dão descanso em Torres Vedras

Em apenas três dias, só de um a três deste mês, os bombeiros torrienses registaram 27 incêndios florestais no concelho. 

Na mesma noite do fogo em Monte Redondo os “soldados da paz” tiveram de acorrer a pelo menos outros seis, com quatro hectares consumidos em Matacães e outros dois na zona do Infesto (Serra da Vila), entre outros. 

A corporação esteve também a prestar apoio no incêndio do planalto das Cezaredas, com quatro veículos. “É um desgaste muito grande, os homens não descansam, dormem uma hora para aí encostados”, revela aquele responsável, sublinhando “a grande dispersão de meios a que isto obriga e que as pessoas não compreendem isso”, esclarece aquele responsável.

Fonte: Badaladas

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Incêndio assusta Monte Redondo

O incêndio que já consumiu algumas centenas de hectares de floresta no concelho de Torres Vedras chegou esta segunda-feira a estar a 20 metros de uma habitação na localidade de Monte Redondo. 

A agência Lusa constatou no local que o fogo tem estado a consumir uma zona de eucalipto e chegou a estar muito perto de uma habitação localizada numa quinta agrícola, na qual mora uma família de quatro pessoas.

Os habitantes, que não quiseram prestar declarações, não ganharam para o susto, uma vez que junto à residência existe um posto de combustível para abastecimento das máquinas da quinta, além de um armazém de máquinas agrícolas e uma exploração de gado.

Os populares prontificaram-se a auxiliar os bombeiros, levando-lhes bebidas para fazer face a eventuais intoxicações, devido ao intenso fumo negro.

Apesar da ameaça das chamas, que têm três frentes activas e rondam a localidade de Monte Redondo em direcção a Matacães, zona onde existe uma mancha florestal com mais de uma centena de hectares, o comandante dos bombeiros de Torres Vedras, Fernando Barão, disse à Lusa que "o combate está a correr bem".

O mesmo responsável adiantou que o incêndio não está a pôr em risco habitações nem outros haveres.

A Estrada Nacional 115-2, que liga Torres Vedras ao Cadaval, mantém-se cortada ao trânsito, à excepção dos residentes. No local estão 146 bombeiros e 33 veículos.

O meio aéreo, que esteve a auxiliar os bombeiros, foi desmobilizado com o cair da noite. 

Fonte: Correio da Manhã

ANPC: Incêndios activos