sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Serviços prestados pelos bombeiros voluntários de Torres Vedras em 2012

“Neste momento, as pessoas não têm dinheiro para pagar grande parte dos serviços de emergência que fazemos para o hospital e que o CODU não atribui como situação de emergência, mas em que é urgente ir ao hospital”, revela Fernando Barão, comandante dos bombeiros voluntários de Torres Vedras.
Em 2012 os bombeiros registaram 6.148 emergências pré-hospitalares. Muitos dos serviços acabaram por revelar-se um prejuízo para a associação. No entanto, “em situações de emergência não vamos deixar de transportar as pessoas só porque elas têm dificuldades financeiras”, garante aquele responsável.

No início de um novo ano, Fernando Barão perspetiva um natural aumento de serviços e, por conseguinte, mais dificuldades financeiras para todos. “Há cada vez mais gente a viver no concelho e cada vez temos mais acidentes e mais de tudo”, sublinha o comandante, que adianta por isso a importância das campanhas de angariação de fundos e apela às pessoas para que se tornem sócios, a fim de ajudar a instituição que ajuda a todos.

Os bombeiros voluntários terminaram o ano com um registo de 404 incêndios, a grande maioria florestais (309). Mão criminosa nalguns casos e queimadas e pequenas fogueiras que escaparam ao controlo noutros estiveram na origem das chamas.

Apesar do número ter diminuído em relação a 2011, em que se registaram uma centena a mais de incêndios, no ano passado deflagraram os maiores e mais problemáticos incêndios de sempre em termos de área florestal no concelho torriense, tal como o Badaladas já havia refererido na sua edição de 9 de novembro.
“O papel das pessoas nestas ocorrências é muito importante. As pessoas devem evitar comportamentos de risco, limpar os terrenos e não fazer queimadas e fogueiras em dias de calor”, alerta mais uma vez Fernando Barão.

“Se limparem, se tiverem um bocadinho de cuidado, podem ajudar a minimizar o problema, porque depois são tantos incêndios em simultâneo que os bombeiros podem não ter disponibilidade para estar em todos os sítios ao mesmo tempo”, salienta. Os dados da associação em 2012 apontam ainda para 52 fogos urbanos/industriais, 20 em veículos, 70 fora do concelho e 23 outros.
Os bombeiros acorreram no ano passado a 258 acidentes de viação, 20 fugas de gás e 341 acidentes diversos (inundações, cortes de árvores, e limpeza de estradas). Foram efetuados 11.030 transportes de doentes não urgentes.

Com o inverno em pleno adivinham-se as habituais chuvas e, por conseguinte, as inundações que se lhe seguem. “Também aqui é importante o papel das pessoas, desentupindo os ralos dos quintais, os sumidores, as sargetas, enfim todas as entradas de água”, acrescenta Fernando Barão, salientando a importância da limpeza antecipada dos algerozes dos telhados. “Não é a chover torrencialmente que os bombeiros vão para cima de um telhado sujeitos a cair, para limpar uma coisa que é da responsabilidade de cada um”, concluiu.

Com a garantia do ministro da Saúde de que a urgência médico-cirúrgica em Torres Vedras é para manter, Fernando Barão mostra-se “despreocupado, porque temos condições para assegurar a urgência para o hospital com rapidez”, o que não aconteceria se as ambulâncias tivessem de ir para as Caldas da Rainha. “Demoraríamos quatro vezes mais e ia haver rupturas, íamos ter muitos dias sem ambulâncias disponíveis”.

Fonte: Badaladas

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