sábado, 25 de fevereiro de 2012

Rescaldo do Carnaval - Excessos de álcool e menos um acidente

Para as autoridades o Carnaval não é tanto sinónimo de diversão, mas de muitas horas trabalho, por vezes ininterruptas, e muito esforço para que a ordem seja mantida. 

Durante o período da operação Carnaval 2012, que decorreu das 24 horas do dia 17 às 24 de 21, a PSP de Torres Vedras teve nas ruas cerca de 240 elementos, entre o efectivo da esquadra e os reforços, que desde sexta-feira que percorreram a cidade a pé, de noite e dia. “Este é um evento bonito, mas exige um grande esforço da nossa parte. Temos de ter os olhos sempre de um lado para o outro e estar sempre prontos”, afirma o comissário, Daniel Leonardo.

Um esforço que acabou por valer a pena já que, durante aquele período, que juntou no centro da cidade milhares de pessoas, principalmente nas noites de sábado para domingo e de segunda para terça-feira, a Polícia registou apenas quatro detenções, resultado de duas situações de ofensas à integridade física, numa das quais foram alvos agentes da GNR que se encontravam à civil, e uma por posse de arma branca, nomeadamente uma faca. 

A Polícia somou ainda cinco agressões físicas, seis furtos ao interior de veículos, quatro de telemóvel, três de carteiras/malas, três danos em vidros/montras de estabelecimentos comerciais, duas tentativas de consumo sem pagar, nomeadamente num supermercado e num bar, danos numa caixa de electricidade e num automóvel. No trânsito foram autuados condutores por falta de seguro, uso do telemóvel e falta de inspecção do veículo.

O balanço do comissário é positivo, no entanto, Daniel Leonardo considera que, mais uma vez, “falhou o devido cuidado das pessoas ao fazerem-se acompanhar de todos os seus documentos pessoais, tal como no dia a dia, e o descuido de deixarem os telemóveis em cima de mesas e balcões rodeados de centenas de pessoas”, e o resultado são duas caixas na esquadra cheias de haveres pessoais.

Álcool: “adolescentes são os primeiros a cair”

Em apenas quatro dias, os bombeiros torrienses somaram 197 saídas de ambulância, o que representou um aumento de 30 por cento em relação aos anos anteriores.

De sábado para domingo e de segunda para terça-feira, as ambulâncias chegaram a sair 40 vezes por noite. Mais de 50 por cento das saídas estiveram relacionadas com excessos de álcool, seguindo-se as quedas na via pública, algumas também pelo mesmo motivo (30 por cento) e as doenças súbitas (20 por cento). Houve também o transporte de várias vítimas de agressão.

“Metade dos transportes são miúdos de 15, 16 anos em coma alcoólico e grande parte nem são de cá, são de Sintra, Cascais, Loures, Almada...”, revela Fernando Barão, comandante dos bombeiros.

“Os adolescentes são os primeiros a cair, logo na sexta-feira”, confirma o comissário da PSP. “É preocupante porque todos os anos esta situação se repete, penso que poderá haver aqui também uma falha do dever de cuidado e de acompanhamento por parte dos pais”, alerta Daniel Leonardo, que diz notar nos jovens “um ego enorme em mostrar que estão alcoolizados, mas esquecem-se que a noite acaba aí, para eles e para os amigos, pelo menos para os verdadeiros, porque por vezes os amigos desaparecem e eles ficam abandonados”, acabando por valer o forte civismo de outras pessoas que alertam as autoridades. 

O piquete dos bombeiros foi reforçado “e chegou para as encomendas, mas nunca parámos, nem dormimos toda a noite”, acrescenta Fernando Barão, fazendo um balanço positivo do evento e sobretudo do trabalho de articulação com a PSP. “Se não fossem eles, não conseguíamos entrar no circuito”, sublinha o comandante.

Para o Destacamento de Trânsito da GNR de Torres Vedras o balanço também é positivo, segundo o comandante capitão Fernando Alves, que termina a operação com menos um acidente e um ferido que no ano transacto. 

Fonte: Badaladas

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Fecho da Urgência obriga a fazer 50 km


O fecho da urgência médico-cirúrgica do Hospital de Torres Vedras, previsto num estudo do Ministério da Saúde, vai obrigar os doentes a recorrer ao Hospital das Caldas da Rainha. Nalguns casos, a distância é superior a 50 quilómetros, situação que está a alarmar utentes, bombeiros e autarcas.

Fernando Barão, comandante dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, não duvida que a passagem da urgência médico-cirúrgica para urgência básica na cidade é um "mau serviço" para os 80 mil habitantes do concelho (100 mil no Verão, devido às praias). "Não tenho dúvida que muita gente vai morrer na estrada a caminho das Caldas da Rainha", avisa Fernando Barão. 

Segundo o comandante, não haverá ambulâncias que cheguem para responder a um pedido de socorro, porque as viaturas estarão nas Caldas ou em trânsito para essa cidade.

O presidente da autarquia torreense, Carlos Miguel, teme que a urgência das Caldas não tenha capacidade de resposta, o que obrigará os doentes a duas viagens: de Torres para as Caldas e das Caldas para Lisboa. "É um absurdo concentrar a urgência nas Caldas quando os dois serviços, muitas vezes, já não têm capacidade de resposta", afirma. 

Fonte: Correio da Manhã

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Monumento ao bombeiro torreense

Em Outubro de 1903 (já lá vão mais de cem anos!) foi fundada em Torres Vedras a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários. Em 1928 esta Associação foi considerada de utilidade pública.
Tem sido seu lema velar pela segurança das pessoas e seus bens. Onde houver fogo, houver inundação, houver acidente, houver alguém em perigo ou chore, eles lá estão. São os soldados da paz e dão a vida por vida.

Há 15 anos (em 1997) como gesto de agradecimento e homenagem do povo de Torres Vedras foi erigido em frente do seu quartel o monumento ao “Bombeiro Voluntário” conforme mostra a foto.

E numa placa. junto ao mesmo monumento, e da autoria do Padre António Marques Crispim, pode ler-se este soneto:


Sabes quem é o bravo combatente
Que de noite ou de dia a qualquer hora
Ao toque da sirene, estrada fora,
Acorre onde o perigo é iminente?

Quem se esquece de si constantemente,
Que larga tudo e vai, não se demora,
Para acudir a alguém que luta ou chora,
Que vive num alerta permanente?

Lutador da esperança indesmentida
Que por divisa tem vida por vida
E a quem a própria vida não pertence,

É o soldado da paz, o bom amigo,
Sempre alerta na hora do perigo
- Ó heróico bombeiro torriense!


Fonte: Artigo de Joaquim Cosme, sobre memórias de Torres Vedras, em actividadesenior.blogspot.com

sábado, 11 de fevereiro de 2012

“Estão criadas as condições propícias para grandes incêndios”

Depois de um ano excepcionalmente difícil, com 515 incêndios, na sua esmagadora maioria florestais, os Bombeiros Voluntários de Torres Vedras preparam-se para mais uma época de muito trabalho nessa área. 

Fernando Barão, comandante da corporação, está preocupado com a continuidade de um inverno seco e já antecipa um verão quente. “O facto de não chover preocupa-me imenso. Provavelmente, o que vai acontecer, se o inverno for praticamente seco, é que as primeiras chuvas depois da primavera vão fazer com que o mato e os fenos cresçam substancialmente e quando vier o verão, se calhar com temperaturas muito quentes e humidade no ar relativamente baixa, estão criadas as condições propícias para que haja grandes incêndios, não só no nosso concelho mas em todo o país”. 

E num concelho com um povoamento florestal de 11 mil hectares e outros 11 mil de mato, “se as pessoas não tiverem cuidado poderemos ter problemas”, afirma. 

Em 2011 os bombeiros acorreram a mais de 400 incêndios florestais, 170 dos quais tiveram lugar de 1 a 22 de Outubro. “Cerca de 80 por cento destes incêndios não temos dúvida de que foi fogo posto. Tivemos mais de uma centenas de ocorrências durante a noite, entre as 24 e as 5 horas, por vezes com quatro a cinco focos de incêndio em sítios diferentes na mesma zona”, conta aquele responsável. 

O fogo posto não é um dado novo para a corporação e no ano passado o território mais afectado foi o da freguesia de Dois Portos, seguido das localidades do Furadouro, Figueiredo, Matacães e Ribeira de Matacães. Em Dois Portos “foi um massacre completo, fomos lá 78 vezes. Voltávamos e íamos para lá outra vez, o fogo foi sempre matos e canas, mas algumas moradias e casais isolados estiveram em risco se não fosse a acção dos bombeiros”, recorda o comandante, acrescentando que “a única coisa que pedimos às pessoas é que no período crítico do verão não façam queimadas”. Arderam 170 hectares, 15 dos quais de povoamento florestal. Os bombeiros contabilizam ainda cerca de 70 incêndios categoria de urbanos, cerca de 15 industriais e alguns em veículos automóveis. 

Acidentes de viação foram 340, acidentes diversos (inundações, cortes de árvores na via pública, abertura de elevadores etc) 517, emergências médicas pré-hospitalares 6.011 e transporte de doentes não urgentes 15 mil.

Números que vêm crescendo de ano para ano, sobretudo no que diz respeito à emergência médica. Num concelho com uma população de 80 mil habitantes, que aumenta exponencialmente se tivermos em conta as pessoas que vêm de Lisboa e passam a maior parte do tempo nas aldeias, sobretudo ao fim de semana, “as nossas ambulâncias não param dia e noite. Temos um volume muito grande de serviços, que tem vindo a aumentar a 300, 400 por cento ao ano”, refere Fernando Barão. 

A corporação torriense é detentora de 11 ambulâncias de emergência pré-hospitalar, sete estão no quartel, duas na secção do Maxial e outras duas na da Silveira. 

O transporte de doentes não urgentes representa uma grande fatia do serviço dos bombeiros, ainda que não seja a sua principal vocação.

Com a redução da comparticipação do Serviço Nacional de Saúde neste serviço que é prestado à população, o comandante não antevê um ano fácil. 

Fernando Barão explica que “a quebra nos transportes afeta todas as associações de bombeiros, tanto mais que as verbas que entram pelo serviço de saúde acabam depois por gerar receita para a nossa componente principal, que é a emergência”.

Em Torres Vedras “já sentimos algumas dificuldades mas, até à data, as coisas ainda estão em níveis bastantes aceitáveis”, salienta aquele responsável, colocando de parte a eventualidade de redução de pessoal, até porque “são todos bombeiros e têm sempre serviço com fartura noutras áreas”, justifica. 

A corporação torriense possui seis viaturas para este serviço, duas na sede e as restantes irmãmente distribuídas pelas secções.

Fonte: Badaladas

Nota: Onde se lê aumento de 300 a 400 por cento ao ano deverá ser lido aumento de 300 a 400 serviços ao ano.

Carnaval de Torres - Plano de segurança conforta organização


Foi apresentado esta semana à comunicação social o plano de emergência para o Carnaval de Torres Vedras. Representantes da Câmara Municipal, da PromoTorres, da Protecção Civil local, da PSP e dos bombeiros sentaram-se à mesma mesa para anunciar a consolidação de um plano que decorre há três anos. 



O vice-presidente da autarquia considerou-o como “uma estrutura bem definida e adequada à tipologia de cada dia de Carnaval”, referindo-se às características dos corsos diurnos e nocturnos e ao corso escolar. Esta terceira versão reflecte, no fundo, alguma aprendizagem e surge como resposta a questões de emergência que, eventualmente, podem ocorrer dentro do corso. 

Nele estão também delineados os corredores de emergência, permitindo uma melhor actuação dos bombeiros e da própria Polícia. Este ano o posto de primeiros socorros será representado pela delegação local da Cruz Vermelha. 

O documento também esclarece os operadores, que durante os dias de corso trabalham activamente dentro do recinto, sobre as medidas de segurança nos seus estabelecimentos, evitando a utilização de produtos inflamáveis. 

O comandante dos bombeiros, Fernando Barão, apelou à não utilização da ornamentação em papel ou plástico junto aos tetos, paredes e soalhos, como uma medida de prevenção. E aconselhou a colocarem as garrafas de gás, as instalações elétricas de última hora e os extintores, nesses dias, dentro dos balcões. 

O comissário Daniel Leonardo, da PSP, também fez alguns apelos, nomeadamente aos operadores dos bares para terem atenção a quem vendem bebidas alcoólicas e a imporem limites ao consumo. 

O mesmo responsável apela ao civismo das pessoas e aconselha a quem vem para a festa a trazer dinheiro espalhado por vários bolsos, evitando a utilização do cartão multibanco, cópia de um documento de identificação e o contacto de um familiar para alguma urgência. 

Daniel Leonardo evidenciou ainda o trabalho de articulação que existe com a corporação de bombeiros, que tem vindo ao longo dos anos a colher resultados positivos. Pelo que aconselha qualquer pessoa, em caso de necessidade, a chamar a Polícia em vez de tentar substitui-la, podendo causar problemas ainda maiores. 

Durante estes dias, quer o quartel dos bombeiros quer a esquadra da PSP, contarão com mais reforços. Para além do efetivo policial, Daniel Leonardo falou de um reforço de 230 agentes para o total dos dias. 
 

Devido à crise, o orçamento previsto para a festa do Carnaval foi reduzido, todavia, para resolver pequenos problemas de higiene pública, a autarquia investiu na aquisição de contentores de casas de banho e vai reforçar a iluminação pública nos jardins de Santiago. 

Quem pretender consultar o documento, o mesmo está disponível online, desde o passado dia 7, no site da Câmara Municipal ou em carnavaldetorres. com. Estão também disponíveis os números dos bombeiros (261 322 122) e da PSP (261 330 770) para casos de emergência. 

Fonte: Badaladas

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Formação de Suporte Básico de Vida para a população

Venha aprender com os Bombeiros Voluntários de Torres Vedras

Sabia que as doenças de origem cardíaca são a primeira causa de morte?
Sabia que pode salvar uma pessoa, se fizer de imediato pequenos e simples gestos?
E que a aplicação dessas manobras fazem a diferença entre a vida e a morte?

Então venha aprender a fazer o "Suporte Básico de Vida" com os Bombeiros da sua localidade.

Convidamos a população do concelho de Torres Vedras a participar:

Data: Sábado, 10 de Março

Horário: 14.30 às 16.30 Horas

Local: Salão Nobre da Associação dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras

Destinatários: População do concelho de Torres Vedras

Idade: Igual ou superior a 14 anos

Conteúdos Programáticos:
  • Comunicação de Emergência
  • Exame da Vitima
  • Cadeia de Sobrevivência
  • Suporte Básico de Vida (Adulto, Criança e Pediátrico)
  • Desobstrução da Via Aérea
Inscrições: 
  • Central dos Bombeiros de Torres Vedras 
    • Contacto Telefónico: 261 327 150
Formador:
  • José Figueiredo
    • Chefe no Corpo de Bombeiros de Torres Vedras
    • Formador da Escola Nacional de Bombeiros
Notas:
  • Formação completamente gratuita
  • Inscrições limitadas aos lugares existentes
  • Não existe certificação