sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Veleiro encalhou junto à praia de Cambelas

Um veleiro com cerca de seis metros de comprimento encalhou esta quinta-feira nas rochas junto à praia de Cambelas, no concelho de Torres Vedras, causando ferimentos ligeiros nos tripulantes que estão a salvo.

"Um veleiro polaco encalhou a norte da Ericeira, ficando em cima das rochas. Os dois tripulantes sofreram ferimentos ligeiros e foram resgatados e transportados para o Hospital de Torres Vedras", disse o comandante da Capitania de Cascais, Pinto Moreira, citado pela Agência Lusa.

O acidente ocorreu cerca das 20 horas.

Segundo o responsável, o veleiro está fundeado "em cima das rochas, numa zona de difícil acesso onde a maré está a encher", pelo que não deverá ser retirado do local, dado também o estado do mar.

As causas do naufrágio são ainda desconhecidas, estando no local elementos da Polícia Marítima da Ericeira a reunir provas para iniciar a investigação.

No local, estiveram três ambulâncias e uma equipa de resgate em grande ângulo, com várias valências, dos bombeiros de Torres Vedras.

Fonte: JN

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

108º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras

Apesar de cansados devido ao elevado número de incêndios que têm deflagrado no concelho nas últimas semanas, os Bombeiros Voluntários de Torres Vedras (BVTV) trajaram de gala no passado dia 15 e assinalaram em ambiente de festa o 108º aniversário da sua associação.

A corporação está a atravessar um dos períodos mais difíceis de sempre, segundo Fernando Barão, que fala em cerca de 15 mil transportes de doentes e oito mil saídas de emergência pré-hospitalar, a que se juntam mais de 400 incêndios só até à data.

“Temos tido dias muito complicados, mas sempre com uma capacidade de resposta fora do comum”, sublinhou Fernando Barão, enaltecendo o trabalho dos homens e das mulheres daquela casa, dos quais tem “o maior orgulho. A nossa capacidade de mobilização foi sempre a nossa mística”, afirmou o comandante, que deu como exemplo a presença no terreno de oito veículos de combate a incêndios e três auto-tanques em pleno dia de trabalho, ou como através de um sms conseguiram rapidamente dar resposta a um acidente rodoviário, numa altura em que se combatiam cinco incêndios em simultâneo.

No entanto, tanto trabalho acaba por se revelar igualmente num aumento de despesas, nomeadamente com o desgaste de materiais e viaturas. “Vamos já com 30 mil euros de prejuízos”, sublinhou Fernando Barão.

O dinheiro, aliás, a falta dele, foi um dos assuntos presentes em quase todos os discursos dos elementos que compuseram a mesa da sessão solene daquele aniversário.

Alfredo Candeias, presidente da assembleia geral dos BVTV, considera que em tempos de cortes financeiros é preciso relembrar que “a associação está a cumprir, de forma abnegada e voluntária, com custos e sem receitas, um papel de protecção das população, que cabe ao Estado assegurar”. Por isso, “façam-se reformas, mas não se faça perder a operacionalidade aos bombeiros, eles são imprescindíveis”, afirmou.

José Correia, presidente da direcção da associação, afirmou por sua vez que “não estamos à espera de receber dinheiro das entidades públicas”, mas acredita que “vamos encontrar soluções para honrar os nossos compromissos e manter o nível operacional o mais elevado possível”.

Contudo, aquele responsável defende que “a missão, o enquadramento e a gestão destas associações vai ter de ser revisto, senão vão ter problemas futuros”, afirmou.

Pedro Araújo, da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa, acrescentou que os problemas já começaram, “há cada vez mais associações à beira da rutura financeira, para não dizer à beira da falência pura e dura”, afirmou.

Segundo aquele responsável, “os sucessivos governos nada mais fizeram que diminuir os apoios que em 2007 eram um direito das associações”. E destacou a mais recente medida de “redução da comparticipação de €7,50 para €1,50 por deslocação de doente em percurso até 15km, recusando-se ainda o Ministério da Saúde a efectuar o pagamento do transporte do doente de regresso a casa, passando as associações a assumir esse custo“, e ainda o corte da isenção das taxas moderadoras, “um dos poucos benefícios dos bombeiros”, entre outras situações.

Pedro Araújo diz que é preciso “agir para que quem de direito olhe para estas associações com respeito e com a importância que têm no contexto da protecção e do socorro pois, caso contrário, o socorro em Portugal ficará inevitavelmente comprometido e o retrocesso aos anos 70/80 será uma dura realidade“, concluiu. Num dos seus últimos actos oficiais como presidente da Liga dos Bombeiros, Duarte Caldeira afirmou que hoje “é necessário evoluir para além das reivindicações aos governos. É preciso melhorar modelos de organização, não confundir voluntariado com amadorismo, e ser profissional na acção porque os recursos são escassos e a tarefa é de responsabilidade”, afirmou.

Duarte Caldeira defendeu uma reflexão sobre a instituição bombeiros e novas formas de captar voluntários, uma componente que considera essencial. “Abdicar dos voluntários é abdicar da nossa identidade”, e há locais onde isso já acontece, lamentou.

Duarte Caldeira atribuiu entretanto aos bombeiros a Fénix de honra, uma das distinções mais altas da Liga.

Carlos Miguel, presidente da Câmara Municipal, decidiu em cima da hora substituir um discurso sobre muitas despesas e poucos recursos por um apelo à criatividade. “O dinheiro não está nos bolsos, tem de estar na nossa inteligência. É preciso encontrar outras fórmulas para ultrapassar o problema e sermos cada vez mais unidos na defesa dos nossos interesses”, frisou. O autarca considera um investimento o apoio que a Câmara atribui aos bombeiros, cerca de 416 mil euros anuais, e que paga uma parte substancial das equipas de intervenção permanente.

É por este e por outros serviços essenciais que as câmaras prestam aos seus municípios que o autarca defende que “não se podem reduzir dinheiros às autarquias. Hoje todos olham para o dinheiro e não para o serviço”, lamentou Carlos Miguel, fazendo saber que “temos feito um grande esforço para manter este apoio e queremos manter em 2012”.

Fonte: Badaladas

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Tempo seco e mão criminosa fazem arder concelho

À excepção de 2003, os Bombeiros Voluntários de Torres Vedras atravessam o ano mais difícil de sempre, afirma Fernando Barão, comandante do corpo activo. De acordo com aquele responsável, a corporação soma aos dias de hoje 400 fogos, dos quais 100 são urbanos e 300 rurais e florestais.

Durante os meses de Julho, Agosto e Setembro a sirene quase não se fez ouvir já que a corporação foi dotada com um dispositivo de reforço da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), contando ainda com o apoio dos seus voluntários, mais disponíveis devido ao período de férias.

De Julho a Setembro registaram-se no concelho mais de 200 incêndios, no entanto ainda Outubro vai a meio e os bombeiros já contam quase uma centena deles só esta quinzena. Aos dias de hoje a corporação está a enfrentar uma média de 10 fogos por dia.

O comandante defende por isso que o reforço de meios deveria ter sido prolongado até ao final deste mês. “A fase Charlie terminou a 30 de Setembro e agora com a redução de efectivos qualquer fogo maior temos de tocar”, daí que a sirene se faça ouvir com mais frequência, explica o comandante.

Apesar do país estar a atravessar uma onda de calor inesperada, “há aqui muita mão criminosa, é fogo posto sem dúvida alguma”, afiança Fernando Barão, referindo-se sobretudo aos mais de 70 fogos que deflagraram de noite, com vários focos de incêndios espalhados numa mesma área. Foi por exemplo o que aconteceu no passado sábado na Ribeira de Matacães, à uma da manhã, com fogo largado em cinco lados, separados por poucos metros. “Quando é assim não temos dúvida que foi alguém que andou a largar o fogo”, afirma.

É certo que o tempo seco não ajuda, mas Fernando Barão fala também “num jogo de interesses que começa a aparecer do meio de Setembro para a frente” e que envolve a agricultura e a caça, sobretudo.

“As consequências estão à vista”, sublinha o comandante, que aguarda com expectativa a lei que criminalizará o fogo também em áreas de feno e mato. “Temos muito fogo nessas áreas e a alteração da legislação, que se prevê para este ano, provavelmente vai fazer com que as pessoas tenham mais cuidado”, e os descuidos continuam a estar também na origem de muitos incêndios. Os locais mais afectados pelo fogo até agora foram as freguesias de Dois Portos, São Pedro e Santiago (Figueiredo), Carvoeira, Turcifal, Ponte do Rol (Ribeira de Pedrulhos) e Matacães.

Os maiores incêndios deflagraram já este mês nos territórios de Matacães e Figueiredo. A Ribeira de Matacães foi atingida pelas chamas no passado dia 4, tendo totalizado uma área ardida de 15 hectares, seis de eucaliptos e nove de mato. Esteve no local um helicóptero de apoio. A mesma fatalidade aconteceu no Figueiredo, no passado dia 2, e no Furadouro em Setembro.

Entretanto, este fim de semana as chamas destruiram um pavilhão de pintos em Campelos, provocando a morte a 15 mil animais. A origem do fogo é desconhecida, “talvez um sobre-aquecimento”, segundo o comandante.

Fonte: Badaladas

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Protecção Civil regista 21 fogos, cinco mobilizam mais de 200 bombeiros




A Autoridade Nacional de Proteção Civil registava pelas 17:00 um total de 21 fogos, destacando cinco incêndios que mobilizam mais de 200 bombeiros, segundo a página da Internet.

Entre os fogos mais significativos, continua a estar o de Lamas de Ouriço, no concelho de Valpaços, ativo desde segunda-feira de manhã e que pelas 16:40 tinha uma frente ativa em zona de mato. Estão envolvidos 86 bombeiros, 24 veículos e um helicóptero bombardeiro.

Quarenta e nove bombeiros é o número de mobilização para um fogo em Parada de Ester (Castro Daire) e para um outro em Ribeira Tostões (Mafra).

No primeiro estão ainda 13 veículos e um helicóptero, enquanto no fogo no concelho de Mafra estão no local 18 viaturas.

Pelas 17:23 deflagraram chamas em zona de mato na Ribeira de Matacães, concelho de Torres Vedras, estando a ser combatidas por 39 bombeiros e 12 viaturas.


Pelas 17:00 estavam registadas duas frentes activas do fogo que começou pelas 07:35 em Montalegre (Vila Real), com a presença de 10 bombeiros e dois veículos.


Fonte: Destak

domingo, 2 de outubro de 2011

Incêndio lavra em Torres Vedras



Um incêndio com duas frentes em mato está a lavrar desde as 9h13 de hoje em Figueiredo, no concelho de Torres Vedras, segundo a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

A combater o incêndio estão cerca de 50 elementos dos bombeiros de Torres Vedras, apoiados por 13 veículos e por um helicóptero bombardeiro do Agrupamento Complementar de Empresas do Grupo Portucel Soporcel e do grupo ALTRI (AFOCELCA).

Desde as 00h00 de hoje, deflagram 96 incêndios, estando 9 activos às 12:00, de acordo com a informação disponível no site da ANPC, onde divulga os fogos com mais de duas horas ou mais de 10 veículos operacionais ou três ou mais meios aéreos pesados

No sábado, a Autoridade Nacional de Protecção de Civil (ANPC) registou 243 incêndios, que foram combatidos por 3.723 bombeiros com o auxílio de 1.012 veículos.

Fonte: Correio da Manhã